CVM já trabalha em escopo e nova Bolsa de Valores no Brasil deve estrear em 2021
2021 deve presenciar a estreia de uma nova Bolsa de Valores no Brasil que pode inclusive usar blockchain
Em 2021 o Brasil deve ganhar uma nova bolsa de valores, segundo informações compartilhadas com o Cointelegraph.
Desta forma, a B3 não seria a única Bolsa do Brasil e teria um "concorrente" a partir do ano que vem.
Porém, segundo o CFO da B3, Daniel Sondeo fato não preocupa a B3 que inclusive vem trabalhando com a Comissão de Valores Mobiliários, CVM, no desenho de regras para o setor.
Nova Bolsa
O assunto vem sendo debatido na CVM pelo menos desde 2012 quando foi criado o Grupo de Trabalho Concorrência entre Bolsas.
Em 2016 o GT apresentou o relatório Autorregulação das entidades administradoras de mercado, que foi criado pela CVM para desenvolver as análises e discussões necessárias à formulação de uma proposta regulatória por parte da Autarquia.
Já um dos principais passos concretos para a criação da nova bolsa foi dado no ano passado quando a CVM colocou em audiência pública 3 minutas sobre o tema tratado de propostas de auto regulamentação.
Blockchain
Atualmente há dois "candidatos" públicos a operar uma nova Bolsa no Brasil, a ATS e o Banco Maré.
No caso da ATS a empresa já havia pedido à CVM para lançar uma bolsa, mas não teria cumprido as exigências e teve seu pedido negado.
Porém agora, a empresa deve retomar o processo.
Recentemente inclusive a empresa fechou um acordo com a B3 em um processo de arbitragem que pedia licença para prestar serviços como plataforma de negociação de renda variável.
Já o Banco Maré, junto com o consórcio de blockchain, R3, pretendem criar uma bolsa de valores para pessoas físicas e investidores institucionais comprarem ações de empresas de tecnologia de impacto social.
O empreendimento é batizada de [BVM]12 e tem por objetivo permitir que pessoas físicas e clientes de baixa renda possam investir em startups que podem geram dividendos futuros para seus investidores.
Além disso, também cria um mercado de financiamento para estas empresas que, muitas vezes, encontram dificuldade de financiamento e listagem na B3, a Bolsa de Valores do Brasil.
Isso também abriria oportunidade para a listagem de empresas de Bitcoin e criptomoedas.
B3
A B3 não comenta nenhuma das iniciativas mas alega que a criação de uma nova bolsa no Brasil é inevitável.
"A gente acha aqui na B3 que o momento vai chegar de a gente ter uma nova plataforma de negociação de ações no Brasil. Foi o movimento que a gente viu em diversos mercados quando eles se sofisticaram, e a gente está passando por isso. A gente trabalha para essa maior sofisticação aqui no Brasil. Então, nos parece um resultado natural que em algum momento o Brasil vai seguir o caminho que outros mercados seguiram”, destacou Sondeo em uma live recente promovida pelo Infomoney.
Ainda segundo o executivo embora a B3 seja atualmente a única bolsa no Brasil a concorrência já ocorre.
“A listagem no exterior de companhias brasileiras nada mais é do que a gente perder essas oportunidades para os nossos concorrentes globais. A B3 trabalha numa indústria altamente globalizada e onde já existe bastante competição”, disse.
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